domingo, 3 de agosto de 2008
HOMENAGEM A CÁRMEN BARBOSA ALVES.
Esta
homenagem prende-se não só pela mulher, mas pelo contributo que CÁRMEN BARBOSA
ALVES, prestou com o seu talento e na busca constante da alegria na freguesia
de Novelas, sendo considerada por alguns elementos do teatro uma pessoa
fundamental e excelente actriz.
Foi no Domingo dia 3 de Agosto de 2008, que Cármen não conseguiu resistir á terrível doença que já à algum tempo persistia.
Nascida
em 9 de Março de 1936, reformada, trabalhou como funcionária na escola América
Cardeal Rocha Melo e viveu grande parte da sua vida na rua da Ponte em Novelas,
terminando os seus últimos dias na sua humilde moradia com a família, mesmo junto aos moinhos do
rio Sousa.
Às
vezes não basta um adeus para uma despedida, ou simplesmente deixar de pensar
não leva ao esquecimento, eram dias em que o sol nascia, horas que passavam despercebidas,
assim como horas que pareciam não passar.
Foram
certamente sentimentos alegres misturados com sentimentos de tristeza, onde era
necessário deixar de pensar para não perder a esperança.
Numa
conversa já um pouco debilitada, tive o privilégio de registar uma grande mulher, uma verdadeira
guerreira que em muitos momentos tinha aberto mão da sua vida pessoal, para dedicar
o seu tempo á família e mais recentemente algum tempo às actividades culturais.
Dizia,
“sempre quis transmitir valores, alegria e honrar a freguesia mas entendo que Novelas
merecia um espaço para desenvolver actividades teatrais”.
“Já
passei pelo vale da sombra onde encontrei aperto, tristeza, angustia e solidão!
Agora os meus passos trazem dor, e até mau descanso!” Descrevia assim uma amostra das
oportunidades que temos de aprender a contar nos dias de hoje, tal como uma
janela quando se abre diante dos nossos olhos.
Os
sintomas da felicidade traduziam-se no optimismo, na fé, e na esperança.
No
grupo de teatro, a mini revista Novelas Linda foi para si um êxito e a sua importância tiveram para
si uma sensação entusiástica. Cármen tinha sido uma mulher muito agraciada no
lado cultural, com toda sua dedicação e sempre com isenção procurou a sinceridade,
honestidade e liberdade de expressão de ideais e opiniões.
Dedicada
à cultura, em oposição às oportunidades só para alguns,
Cármen como forma de desabafo lamentava nem sempre ser conseguido, o que se desejava
ver.
Terminou
assim com a sua voz vibrante e calma, onde as palavras de emoção demonstraram
a satisfação, com tanto carinho.
Notou-se
que os seus olhos se tornaram mais brilhantes, com a alegria e o contentamento que
transmitiu, e o seu sorriso sempre acompanhou essa felicidade.
Uma grande mulher!
Que
sua alma fique iluminada para sempre.
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